Vinda de um ensino fundamental inteiro em rede particular de ensino, não vi dificuldades em continuar o ensino médio em uma escola pública. Minha formação foi em científico, o que acabou por me deixar um pouco em apuros no período de estágio, pois estou certa que quem se formou em magistério deve ter achado o estágio mais simples, embora a ansiedade existisse para todos.
A proximidade do período do estágio foi vivenciada por mim com muita ansiedade, nervosismo e expectativa apesar de já haver trabalhado com educação infantil, porém desta vez seria muito diferente, pois antes eu só havia trabalhado com uma disciplina: A língua inglesa, e agora as aulas exigiriam muito mais preparação, já que eu passaria a manhã inteira com apenas uma turma.
Não adiantaria de nada a minha ansiedade e o meu nervosismo, mas a expectativa me seria útil, pois a expectativa era que de tudo daria certo. Estágio significa período de aprendizagem, e essa seria a hora de colocar em prática todas as teorias que eu havia estudado em sala de aula (e fora da sala de aula) até então.
Posso dizer com certeza que o mais gratificante de tudo para mim foi todo o carinho que recebíamos; os abraços, os beijinhos, as palavras de carinho e demonstrações de afeto. Também a ótima convivência com a professora assistente que esteve conosco nesse período de estágio, nos ajudando, nos apoiando e se disponibilizando para o que nós precisássemos.
O estágio me permitiu experiências fantásticas e inesquecíveis, que me fez aprender muito, e principalmente me fez refletir sobre a minha prática vivenciada anteriormente na educação infantil, levando-me a confirmar a afirmação de Paulo Freire (1979) de que: “O homem é um ser inacabado, por essa razão, está em constante busca, e esta busca é a educação”. (Educação e Mudança, pg. 26).